O refinanciamento de imóveis é uma opção interessante para quem precisa contar com uma linha de crédito segura e barata. Seu modelo de alienação fiduciária do imóvel como garantia traz segurança na negociação, permitindo a prática de juros mais baixos e prazos maiores para sua quitação.
Apesar de serem parecidos — pois utilizam um imóvel como garantia, possuem prazos alongados para sua quitação e juros baixos comparados a outros empréstimos — o refinanciamento imobiliário não deve ser confundido com um financiamento comum de imóvel. Afinal, cada modalidade possui sua utilidade de acordo com o objetivo do tomador do crédito.
Confira abaixo as principais diferenças entre essas modalidades e saiba qual é a melhor para o seu caso.
Diferenças entre refinanciamento e financiamento de imóveis
O financiamento e o refinanciamento de imóveis são duas formas de crédito em que um imóvel é a garantia do pagamento das prestações pelo tomador do empréstimo.
No entanto, no primeiro, o crédito é específico para a aquisição de um bem imobiliário, sendo esse mesmo bem a garantia para seu pagamento.
Assim, o valor do crédito é relativo ao do imóvel a ser comprado. Além disso, ele é repassado diretamente ao vendedor por meio de um contrato entre as partes e a instituição credora.
Já no refinanciamento, o tomador do crédito coloca um imóvel que já é de sua propriedade como garantia para o empréstimo. O valor do crédito é baseado no valor venal desse imóvel e é depositado diretamente em sua conta bancária, podendo ser utilizado para qualquer finalidade. A prática do mercado para esta modalidade de crédito é liberar entre 50 e 60% do valor de avaliação do imóvel oferecido em garantia.
Ficou interessado em refinanciar seu imóvel? Então continue sua leitura e tire outras dúvidas sobre essa modalidade!
5 maiores dúvidas sobre refinanciamento de imóveis
1. O refinanciamento é mais barato que um empréstimo pessoal?
Como possui um imóvel alienado como garantia, o refinanciamento pratica taxas de juros mais baratas do que outras modalidades de crédito, como o empréstimo pessoal (ou CDC — Crédito Direto ao Consumidor), o cheque especial ou o rotativo do cartão de crédito.
Além disso, o valor do crédito disponibilizado quase sempre é maior, haja vista que há a vinculação do imóvel, assim como o prazo para o pagamento da dívida.
2. Qual o prazo para o pagamento da dívida?
Como os valores podem ser maiores e o risco é baixo, as instituições financeiras oferecem condições de pagamento interessantes para um refinanciamento de imóvel.
A dívida pode ser parcelada em até 15 anos, facilitando a quitação das prestações mensais.
3. No que o crédito pode ser usado?
Como o refinanciamento transfere o crédito diretamente para a conta do tomador do empréstimo e um imóvel já quitado por ele é oferecido em garantia, não há exigências quanto a sua finalidade.
Assim, pode ser usado como capital de giro em uma empresa, para quitar dívidas com modalidades de crédito mais caras, para pagar reformas, compra de bens, ou qualquer outro fim desejado.
4. É possível pagar antecipadamente as parcelas?
No refinanciamento de imóveis é possível antecipar parcelas, quitando-as em ordem inversa. Dessa forma, diminui-se o prazo total de financiamento e, por consequência, os juros cobrados, permitindo uma maior economia e aumentando o custo-benefício dessa modalidade de crédito.
5. O que acontece com o imóvel dado como garantia?
Na prática, estando o tomador do crédito em dia com o pagamento de suas parcelas, não acontece nada. Ele pode continuar usufruindo do imóvel da mesma forma. A única mudança é que, na matrícula do imóvel, será adicionada uma restrição de alienação fiduciária, sendo liberada de forma automática quando da quitação.
Este trâmite é realizado diretamente em um cartório de imóveis e apenas impede a negociação do bem sem o consentimento da instituição credora.
Como vimos, o refinanciamento de imóveis é uma modalidade de crédito que oferece uma série de vantagens para quem precisa de dinheiro a juros baixos e sem uma destinação específica, sendo uma ótima opção para pagar dívidas mais caras ou conseguir capital de giro barato para seu negócio.